Juiz: Vilma "terá de seguir religião cristã"

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O ESTADO DE S. PAULO, 19-08-2008

CASO PEDRINHO: VILMA TEM LIBERDADE PROVISÓRIA

A ex-empresária Vilma Martins Costa, de 52 anos, ganhou ontem as ruas.
"Boa sorte", disse a ela o juiz Éder Jorge, da 4ª Vara de Execuções
Penais de Goiânia. Após 5 dos 15 anos e 9 meses de prisão, a Justiça
de Goiás deu liberdade condicional à mulher que seqüestrou e registrou
como filhos legítimos Pedro Rosalino Braule Pinto (Pedrinho) e
Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva (Roberta Jamilly).

A liberdade condicional é até 2019. Nesse período, a menos que ganhe
perdão presidencial, "terá de seguir religião cristã, manter endereço
fixo, não portar armas, não freqüentar locais de má fama nem
acompanhar pessoas de maus costumes", segundo o juiz.


Onze quilos mais gorda, Vilma não sabe o que fazer. Para sobreviver,
pretende tocar negócios, talvez voltar ao ramo de confecção. Ela não
quis dar entrevistas, ontem.

No presídio, lavou roupas das detentas, segundo uma professora de
Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás que pediu para não ser
identificada. "Ela fez assim com a minha filha, quando ficaram na
mesma cela, em 2006; agia como mãe", disse a professora.

DOIS SEQÜESTROS

Vilma foi condenada por seqüestrar Aparecida na Maternidade de Maio,
em Goiânia, em 1979. Ela também seqüestrou Pedrinho, do Hospital Santa
Lúcia, em Brasília (DF), em 1986. Depois, o registrou como Oswaldo
Martins Borges Júnior.

Pedrinho, hoje com 22 anos, mora com os pais biológicos, Jayro Tapajós
e Maria Auxiliadora Braule Pinto. A caçula, Aparecida Fernanda, tentou
morar com a mãe biológica, Francisca Maria Ribeiro da Silva, em
Goiânia. Mas acabou se ligando à irmã de criação, Cristiane, a filha
real e mais velha de Vilma, com quem morou na Espanha antes do
escândalo.

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